A Número 1 | Natania Borges estreia seu disco "I" junto à Natura Musical

Já faz algumas semanas que “I” (Uma/One) nasceu! Mais uma vez Natania Borges pôs no mundo uma obra de arte, embalado em uma mistura gostosa de R&B, Afrobeat e Pagodão baiano. É o tipo de disco que ao mesmo tempo não te deixa ficar parado, também preenche seu coração e te faz querer amar alguém. 

Para o lançamento do disco, Natania investiu forte nos materiais visuais de divulgação assinados pelo fotógrafo Felipe Vianna

Cantora e compositora de Salvador (BA), Natania Borges traz em suas músicas o afrobeat, R&B/Soul, ligadas à influências da música baiana e brasileira. O “I” é o disco que marca a sua estreia solo, em parceria com a Natura Musical.

Caso você ainda não conheça, a Natura Musical é a plataforma cultural da marca Natura que há 18 anos valoriza a música como um veículo de bem estar e conexão. Desde seu lançamento, em 2005, o programa investiu mais de R$ 190 milhões no patrocínio de mais de 600 artistas e projetos em todo o Brasil.

Voltando a falar do lançamento, com produção musical assinada por ela em parceria com o produtor Xavbeatz, o disco também traz como produtores convidados os beatmakers WaraBeats e Lerry em faixas específicas do álbum. 

Com uma dose de amor próprio e calmaria, Natania embala sua segunda session "Tudo Bem" | Foto: Felipe Vianna

Com 14 faixas inéditas, compostas e interpretadas por Natania, o disco além de entregar tudo o que propõe, ainda ganha uma novidade dentro da tracklist, 2 são em inglês e outras duas misturam ambos os idiomas, português e inglês.

Particularmente enquanto eu ouvia esse foi um dos pontos que me surpreendeu na jornada do álbum. Te tira da escuta automática já que é algo que você não está esperando. Falando sobre idioma, a faixa “Lies”, inclusive uma das minhas favoritas, é fruto de um intercâmbio de Natania com o duo canadense TRP.P.

"Quinquilharias" é a penúltima faixa desse disco inspirador, te convidando para dançar | Foto: Felipe Vianna

Importante ressaltar aqui a trajetória dessa multi-artista que vem orquestrando tudo isso. Muitas vezes não nos damos conta de quanto trabalho e quanto tempo de dedicação foi necessário para construir um repertório dessa magnitude. Natania Borges não chegou ontem, ela sabe muito bem o que faz e não pretende parar por aqui.

A artista iniciou em 2013, com especiais a grandes nomes da música brasileira; em 2016 ingressou na cena autoral possuindo em sua discografia as obras Encosto (2020), EP independente; Liberdade (2020) e Liberdade Deluxe (2021), disco visual lançado com a banda Azenza, ao qual foi finalista nos festivais Lift-Off Sessions Awards 2020 (UK) e m-v-f Awards 2020 (SP). A mulher não é bagunça e  2024 com certeza é todo dela!

Para amarrar a narrativa do disco, junto a ele a artista também lançou um shortfilm e vem aí com mais dois videoclipes e 4 sessões acústicas.

Em sua 3ª Session, "Passageira" vem mostrar todo seu poder pessoal. Natania chega toda dona de si e nos ensina a se valorizar | Foto: Felipe Vianna

“Além de cantora e compositora, também desenvolvo produções visuais e sempre uso da sinestesia para traduzir as palavras e notas musicais. Uma vez criada toda a estética sonora, automaticamente as imagens surgiram na minha cabeça, a partir de flashes, texturas e elementos, ao qual organizei em sete roteiros audiovisuais. Uma vez roteirizado, o material foi apresentado para uma equipe, onde foram trabalhados a direção de arte; cenografia; fotografia; direção e produção, construindo uma narrativa repleta de códigos, referências e símbolos, que traduzem a música em uma imagética”, detalha Natania, ao falar sobre a parte visual de I.

A respeito das direções estéticas tomadas por Natania neste projeto, os caminhos também foram espontaneamente concebidos pela artista. Ela sabia que I seria atravessado de R&B, Afrobeat e Pagode baiano, uma vez que ela zela por carregar sua própria ancestralidade em comunhão com suas referências musicais.

Natania Borges em foto promocional do seu disco | Foto: Felipe Vianna

“Eu estava mergulhada em estudos vocais de artistas e álbuns dos continentes africano, asiático (oriente médio), europeu (artistas imigrantes) e norte americano (R&B). Mayra Andrade, Lous and the Yakuza, Alewya, Lianne La Havas, Sampa the Great, Rihanna… E na Bahia, Larissa Luz, ÀTOOXXÁ e Rachel Reis” - ela cita.

Na parte temática, Natania contextualiza que as letras surgiram de uma imersão muito profunda e particular sobre autoconhecimento de si mesma a partir de vivências intra e interpessoais que de algum jeito ou de outro provocaram uma revisão pessoal e um despertar animal sobre si mesma.

Para abrir seus caminhos "Protegida" foi a escolhida para inaugurar a jornada de lançamento do disco, essa música é uma oração! | Foto: Felipe Vianna

“Me sentia mergulhada no fundo do poço, buscando o entendimento para esse corpo trans solitário, reinvenção pessoal e espiritual. Comecei a assistir vídeos de tarô, fazer alguns jogos, ganhei meu primeiro baralho e comecei a conhecer algumas(ns) mentores espirituais. Sem perceber, essas canções começaram a surgir para aquele processo tão importante de solitude e solidão... Aquelas vivências foram rasgando, limpando e me reconstituindo como pessoa”, ela conclui.

Para quem já ouviu, esse processo vivido fica bem evidente. É um álbum que te atravessa a cada faixa, te tira o chão mas também te mostra um caminho melhor. Para mim “I” fala sobre força e reconexão, o disco é versátil e cabe em diversas ocasiões tanto de escuta quanto de vida. Recomendo demais ouvi-lo de uma forma imersiva, se atentado a cada fala de Natania pois ela BRILHOU lindamente nas composições.

Nos conte aqui nos comentários se você já ouviu o lançamento e nos deixe saber sua opinião, ela é muito importante para nós!

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